Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Department of Spanish & Portuguese - University of Wisconsin – Madison

 

SEVERINO JOÃO MEDEIROS ALBUQUERQUE

( Alagoas – Brasil )

 

Maceió-AL, 1952). Poeta e professor de Literatura, ganhador do Prêmio de melhor apresentador no Festival de Poesia Falada do Nordeste. Publicou: ‘Exercício: Exercícios’ (1975) e participou da coletânea ‘Poetas Alagoanos’.

 

 

[ CAVALCANTI, Valdemar, org. ]  14 POETAS ALAGOANOS . POEMAS ESCOLHIDOS.  Maceió: Edição do Departamento de Assuntos Culturais da Secretaria de Educação e    Cultura, 1974.   44 p.   14 x 20,5 cm.  
Ex. doado pelo livreiro José Jorge Leite de Brito

 

DO TUDO E DO NADA, MUITO POUCO

 

1

do tudo se do nada muito pouco ou quase tudo
e nada me é estranho
se palavras mágicas e vidas partidas não levam ao tudo,
estrelas e luzes ao se apagarem
trazem o nada (só o nada)
para me envolver em revoltas
contra deuses englobadores de um ser abandonado
ao sabor de saber
um pouco de nada e um muito de tudo.

2

se um sólido tudo
e extravasa o nada,
o quase muito pouco deixa o verso t negando a dúvida do nada
atingindo a reversão do tudo
e invertendo minha volta ao leito enluarado
onde só e rodeado de luz e lar
abraço a insensatez do respirar
e aperto a abstração do viver
isolado de uma multidão geométrica tantas vezes lastimosa.

3

cinco sábios de natural existência bastam como apoio
contra o degradante Nada
que os pântanos de Tudo repletos
tentam engolir meus pés pensantes passantes.
(os olhos procuram os pés e tentam guia-los pelo branco brisa;
as marcas que vão ficando à frente o olhar não pode apagar.)

4

carregando a maldição do passado acelerante
e vibrando na dependência de um ouro concêntrico,
sigo,
cego e infinito,
as pegadas estéticas de um semi-deus
esculpido em morte, circo e incoerência.
da inconstância de uma engrenagem acre e fria
retiro a força de reinante Tudo
aceito o triunfo da conformação
bebo a ingratidão do sal
e recebo a vitória do direito
direto em meu peito aberto e nunca atento
às armadilhas maravilhas de um antimundo imundo.
(eu durmo e os anos sonham que eu afundo, os anos flutuam
e eu grito o que os anos calam, os anos cantam o que eu aceito
e eu choro o que os anos desprezam.  eu estou e os anos são.)

5

rendo parte de uma parte desunida,
vivendo e obedecendo a um todo,
sentindo as leis inversas,
volto arrastado pela força de uma conjunção crescente.
pois antes das perguntas e das dúvidas estavam as respostas.
e depois do medo e do terror
e tudo e o nada estavam além das batalhas.
apenas estavam lá
´( i n q u e s t i o n á v e i s )
lá no lugar de onde brotaram
e ficaram em quase vapor
até se chocarem com a igualdade e relatividade.

6

tentando encontra o que talvez não tenha perdido
ou o muito pouco que não tenha encontrado
eu quis chegar perto da janela onde o tempo parou
e ficou olhando para mim
fixamente.
o haver de revelações impedia a propagação
de um som (próximo e surdo, quase um grito)
para meus sentidos tão estranho por ter das grades
a simetria e dos corredores a profundidade.

*

VEJA e LEIA outros poetas de ALAGOAS em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/alagoas/alagoas.html

Página publicada em janeiro de 2022



 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar